E para quem leu ou vai ler a Sábado deste final de semana:
Quem nasceu para lagartixa nunca chega a Jacaré…
* Pacheco Pereira, Professor, Opinião in Revista Sábado Nº355
Quem nasceu para lagartixa nunca chega a Jacaré…
Diz o Sr. Professor Dr. Pacheco Pereira que o “principal factor de agitação social é a dificuldade de conseguirem um emprego fixo e garantido (aquilo que se chama “um emprego com direitos”), que acham adequados aos seus diplomas e, embora não o digam, própria do seu estatuto social.”*
Bem eu chamo um emprego com direitos, àquele que me permite saber com certeza com quanto vou chegar ao fim do mês, e se nesse mesmo final do mês ainda posso contar com esse mesmo emprego. Incerteza serve para caracterizar o modo de vida que enfrentamos, permanentemente, ao estarmos sujeitos aos recibos verdes.
Quanto aos contratos de curta duração ou natureza renovável são outra coisa que também não nos deixam perspectivar o futuro a médio prazo, quanto mais a longo prazo.
Alguém facturou com os nossos cursinhos. Se analisarmos o processo de Bolonha, também vemos que se encaixaram programas de 4 anos em 3 anos. E se faz um 4º ano para obter o grau de Mestre, para o qual teremos que pagar mais. Em alguns casos só com obtenção de grau de Mestre é que poderemos exercer determinadas funções, numa perspectiva profissional. Alguém continuará, decerto, a facturar com os nossos cursos.
Isto tudo transcende, efectivamente, uma questão de adequação do tipo de trabalho ou não aos nossos diplomas, que se diga de passagem valorizados ou não nesta sociedade, na qual estamos inseridos, nos custaram alguma coisa. Transcende também uma questão de apropriação ou não ao estatuto social que quereremos ostentar.
Acredito que nós jovens, também já não queremos o emprego para toda vida, como porventura os nossos pais têm ou as gerações anteriores tiveram, queremos sim evoluir profissionalmente e isso significa ter novas experiências profissionais, implica mudar de local de trabalho. Já não nos contentamos com isso do emprego eterno.
Não podemos aceitar que nos tratem como mercadoria barata.
Vivemos agastados esta situação que é não saber se vamos ter dinheiro para comer ao fim do mês, se podemos pagar a renda da casa, ou mesmo quando vamos ter oportunidade de sair da casa dos pais.
Acredito que nós jovens, também já não queremos o emprego para toda vida, como porventura os nossos pais têm ou as gerações anteriores tiveram, queremos sim evoluir profissionalmente e isso significa ter novas experiências profissionais, implica mudar de local de trabalho. Já não nos contentamos com isso do emprego eterno.
Não podemos aceitar que nos tratem como mercadoria barata.
Vivemos agastados esta situação que é não saber se vamos ter dinheiro para comer ao fim do mês, se podemos pagar a renda da casa, ou mesmo quando vamos ter oportunidade de sair da casa dos pais.
Uma coisa é certa se não formos nós, jovens portugueses, a impor-nos contra esta situação e a defender-nos contra a precariedade ninguém o fará.
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